Hierarquia do Financiamento: Como Escolher as Melhores Fontes para o Seu Negócio
- consultoria payback
- 30 de dez. de 2024
- 3 min de leitura

Tomar decisões financeiras é um dos grandes desafios de empreendedores e gestores. Entender a hierarquia do financiamento, que organiza as principais fontes de recursos de forma estratégica, é essencial para garantir o crescimento sustentável do seu negócio.
Neste artigo, vamos explorar os tipos de financiamento e exemplos práticos para que você possa aplicar essa teoria no seu dia a dia.
O Que é a Hierarquia do Financiamento?
A hierarquia do financiamento sugere que as empresas priorizam as fontes de recursos em três etapas principais, de acordo com os custos, riscos e impacto no controle acionário:
1. Fontes Internas (Autofinanciamento): Recursos próprios, como lucros ou reservas.
2. Dívida (Fontes Externas de Baixo Risco): Empréstimos e financiamentos.
3. Equity (Fontes Externas de Alto Risco): Investidores ou emissão de ações.
Fontes de Financiamento e Exemplos
1. Fontes Internas (Autofinanciamento)
Essas são as fontes mais baratas e seguras, pois não envolvem terceiros.
Caixa Pessoal: Quando o empreendedor utiliza economias próprias para iniciar ou expandir o negócio.
Exemplo: Um profissional autônomo usa R$ 10 mil de suas economias para montar um escritório.
Lucros Retidos: Parte dos lucros da empresa é reinvestida no negócio, evitando custos de financiamento.
Exemplo: Uma loja de roupas usa 30% do lucro anual para abrir uma nova unidade.
Reservas de Caixa: Empresas que possuem caixa acumulado podem usar esse recurso em novos projetos.
Exemplo: Uma indústria utiliza sua reserva de R$ 50 mil para modernizar equipamentos.
2. Dívida (Fontes Externas de Baixo Risco)
Quando os recursos internos não são suficientes, a próxima opção são as dívidas.
Empréstimos Bancários: Financiamento obtido junto a bancos, geralmente com taxas de juros competitivas.
Exemplo: Uma padaria contrai um empréstimo de R$ 100 mil para comprar novos fornos.
Empréstimos com Garantias: Financiamento em que a empresa oferece um bem (como imóveis ou equipamentos) como garantia para obter melhores condições.
Exemplo: Uma construtora financia R$ 500 mil, usando terrenos como garantia.
Crédito Fornecedor: Condições de pagamento estendidas por fornecedores, funcionando como uma forma de financiamento a curto prazo.
Exemplo: Um restaurante negocia 90 dias para pagar por seus insumos.
Financiamento Público ou de Fomento: Linhas de crédito oferecidas por órgãos governamentais ou bancos de desenvolvimento.
Exemplo: Uma empresa de tecnologia obtém crédito no BNDES para investir em inovação.
3. Equity (Fontes Externas de Alto Risco)
Esse tipo de financiamento envolve a entrada de novos sócios ou investidores, que fornecem capital em troca de participação no negócio.
Investidores-Anjo: Pessoas físicas que investem em startups em estágio inicial, oferecendo capital e suporte estratégico.
Exemplo: Um investidor-anjo aplica R$ 200 mil em uma startup de delivery de alimentos, em troca de 10% de participação.
Venture Capital (Capital de Risco): Fundos que investem em empresas de rápido crescimento, com alto potencial de retorno.
Exemplo: Um fundo de venture capital investe R$ 2 milhões em uma startup de tecnologia, exigindo 25% de participação acionária.
Crowdfunding de Investimento: Captação coletiva de recursos por meio de plataformas online, com vários pequenos investidores.
Exemplo: Uma startup arrecada R$ 500 mil de 100 investidores via uma plataforma de equity crowdfunding.
Emissão de Ações: Empresas de capital aberto podem captar recursos vendendo ações no mercado financeiro.
Exemplo: Uma companhia de energia levanta R$ 50 milhões ao emitir ações na Bolsa de Valores.
Como Escolher a Melhor Fonte de Financiamento?
A escolha depende de fatores como:
Estágio do Negócio: Startups iniciais tendem a buscar investidores-anjo ou venture capital. Empresas consolidadas preferem dívidas ou emissão de ações.
Capacidade de Pagamento: Negócios com fluxo de caixa estável podem optar por empréstimos.
Controle Acionário: Se você não quer perder controle do negócio, priorize autofinanciamento ou dívidas.
Objetivo do Financiamento: Para inovação e crescimento, equity pode ser mais indicado. Para capital de giro, dívidas são mais adequadas.
Exemplo Prático: Expansão de um E-commerce
Imagine que você tem um e-commerce de produtos artesanais:
1. Fontes Internas: Você usa R$ 30 mil de seus lucros para investir em marketing digital.
2. Dívidas: Para ampliar sua operação, contrata um empréstimo de R$ 100 mil com garantia de maquinários.
3. Equity: Para expandir nacionalmente, atrai um fundo de venture capital, que investe R$ 1 milhão em troca de 20% de participação.
A hierarquia do financiamento é uma ferramenta poderosa para guiar suas decisões financeiras. Ao entender e aplicar as diferentes fontes, você minimiza custos, reduz riscos e mantém o controle estratégico do seu negócio.
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